Atualizado em 04/03/2021
'Chega de mimimi. Vão ficar chorando até quando?', diz Bolsonaro sobre recorde de mortes
Durante a inauguração de trecho da ferrovia Norte-Sul, em São Simão (GO), o presidente afirmou que é preciso 'enfrentar o problema de peito aberto'
(Reprodução)
DEAMAZÔNIA GOIÁS - Na semana com os piores números da pandemia da covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (4/3), que é preciso "enfrentar o problema de peito aberto" e parar de "frescura". Bolsonaro voltou a apelar para que governadores e prefeitos não adotem medidas restritivas para conter a crise sanitária.
O chefe do Executivo também disse que gostaria de ter o poder para definir a política de enfrentamento ao vírus. Contrário a medidas de fechamento, Bolsonaro voltou a elogiar o "homem do campo" por ter continuado a produzir durante a pandemia da covid-19.
"Vocês (produtores rurais) não ficaram em casa, não se acovardaram, nós temos que enfrentar os nossos problemas, chega de frescura e de mimimi. Vão ficar chorando até quando? Temos que enfrentar os problemas", disse em evento de inauguração de trecho da ferrovia Norte-Sul, em São Simão (GO).
O Brasil teve nesta quarta-feira (3) o maior número de mortes registradas em um dia durante toda a pandemia. Em 24 horas, as autoridades de saúde registraram a morte de 1.910 pessoas por complicações da Covid-19.
No total, o número de óbitos chegou a 259.271 desde o início da pandemia. Ainda há 2.867 falecimentos em investigação.
"Até quando vamos ficar dentro de casa? Até quando vai se fechar tudo? Ninguém aguenta mais isso. Lamentamos as mortes, repito, mas tem que ter uma solução", indagou Bolsonaro, em sua fala no evento desta quinta.
"Se nós destruirmos a nossa economia, pode esquecer um montão de coisa. Vamos ser algo como países colônias no passado, e não queremos isso. Vamos de peito aberto enfrentar o problema", declarou.
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