Atualizado em 06/09/2019 Investigação contra 'braço direito' foi motivo de guerra de Bolsonaro contra PF
Em matéria, exclusiva, Revista Veja divulgou hoje (06) que Polícia Federal investigava crimes do deputado Hélio Negão
Presidente Bolsonaro com seu braço direito o deputado federal Hélio Negão (Alan Santos-Presidência da República)
BRASÍLIA - Uma investigação da Polícia Federal contra o deputado federal Hélio Negão (PSL-RJ), amigo íntimo e braço direito de Bolsonaro, é o motivo da guerra do ocupante do Planalto a instituição.
Há 12 dias, ele esbravejou no portão do Palácio da Alvorada referindo-se a uma bomba que estava "para estourar" em "uma pessoa importante que está do meu lado". O recado era para a PF do Rio, pilotada por Ricardo Saadi. A informação foi revelada pela Revista Veja, em matéria exclusiva divulgada nesta sexta-feira (06).
Bolsonaro havia lançado Hélio Negão a prefeito do Rio, mas o parlamentar virou recentemente alvo de investigação da PF por crimes cometidos há mais de 15 anos. Na PF, fala-se que uma ala da polícia mirou em Negão porque ele teria "queimado" Saadi no Planalto. O tiro, no entanto, atingiu o diretor da PF, Maurício Valeixo.
O centralismo de Bolsonaro agora está cada vez mais evidente. Se não bastassem a blindagem do Judiciário às investigações sobre o envolvimento da família dele com milícias e acerca do esquema de lavagem de dinheiro que beneficiava do senador Flávio Bolsonaro (PSL) quando este era deputado estadual, o ocupante do Planalto deixa claro que não está nem um pouco disposto a fazer a chamada "nova política".
O deputado do PSL Hélio Negão ficou conhecido após Bolsonaro fazer dele uma "prova" de que o chefe do Planalto não é racista. Utilizando o sobrenome da família Bolsonaro, o parlamentar se candidatou a deputado federal pelo PSL, e foi o mais votado do Rio de Janeiro com 345 mil votos.
COM INFORMAÇÕES DO BRASIL 247